Quem sou eu

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"He walks away, The sun goes down, He takes the day but I'm grown And in your way, In this blue shade My tears dry on their own"

Out...

Metade de mim
Meu sopro amigo, meu vulto vazio
És o inicio, meio e fim do meu martírio.
Minha morada, escura e sombria
meu limbo, minha sepultura já fria.
Tudo que reflete a teu ser e o meu
Suas palavras ácidas, minhas mentiras válidas
Meu sentimentalismo barato, seu romantismo vago.
Todas as dores do mundo
Espirais, cerebrais, carnais e sentimentais.
Meu infante, meu amante, meu semblante e meu câncer
Para onde vais? Já é dura a madrugada escura
Deixo meu ser proscrito e pagão
à esperar pelo teu retorno, em meu leito sem chão
Despindo-me de toda teimosia e meu orgulho brejeiro
Suspirando novamente por teus olhares certeiros.

What the F*** I see?





Cansada dos seus jogos.
Não consigo mais enxergá-lo
pois a realidade se faz inevitavelmente presente.
Eu esperava muito mais, doce desilusão.
Toques e dedos frios, é tudo que consigo sentir agora.
Maldita a hora que se fez presente,
vulgarizando e vendendo um punhado de sentimentos meus
inocentes e verdadeiros, cheios de açúcar.
Todas as palavras fogem de mim, ao ver a realidade
escancarada em todas as pistas que agora,você me deixa.
Quando tu finges não mais se importar,
meus olhos cegos tentam enxergar minha realidade fantasiada.
Realidade essa mesma, que um dia me enganava com tuas palavras sensíveis.
Sensibilidade descaradamente maqueada.
Covardemente planejada, soando leve pelo ambiente.
Dolorosos são estes meus olhos cheios de fúria,
enfurecidos como duas nuvens que fingem brigar pelo azul do céu.
Esqueço da razão, e abro meu peito já sem sentimento
para o total esquecimento da minha nobreza, ou da minha bondade.
E assim aberta e entregue a tudo o que me rodeia
Abraço-me com o ódio, com a angústia e o desprezo pelo teu ser.

Espelhando-se

Amargo, cálido e insensato
são teus olhares para mim.
Entre soluços e mentiras
as minhas esperanças se mostram finitas.
Longas noites se passaram,
desisti de encontrar os vestígios
da grande pessoa que você costumava ser.
Como me acostumar com tua face vazia,
e esses novos olhos sem brilho?
O "tu" que me era íntimo, desaparece.
E hoje não reconheço este teu novo "eu".


Tell me how we can win?

Começando a acreditar na minha incoerência.
Recordando nosso inverno, e as palavras doces
que nele foram esquecidas.
E você é a chama que me aquece
você é meu copo de vinho tinto
É meu programa de verão,
e todo o sol que me irradia.
Como deixar de amar-te?


eu sinto Ojeriza
Da maneira na qual você me veste
Dos seus argumentos
Da sua arrogância.
Da sua incapacidade de me enxergar,
Além daquilo que tu dizes entender.
Teu julgamento é tão insensível
Quanto o teu jeito de sentir
Sentir calor
Calafrios, e desafios.
Sentir e tentar negar, que mesmo longe
Ainda confundo sua percepção,
Isolando-te, calando teu sarcasmo.
Aumentando o buraco encravado
Na crosta desse teu ego.
Enquanto finjo morrer de raiva
Encontro uma maneira pouco clara
De destruir teu conceito.
Conceito daquilo que sou
Aquilo que você não vê
E novamente me questiono
Por quê insisto em me preocupar com você?