
Estou presa e acorrentada à dúvida,
e é tão cruel quanto a foice da morte.
Dura e fria, que adormece os pés e cala as línguas.
Gritos insandecidos me perseguem no meio da noite.
Os sonhos já se toranaram pesadelos, estes quase sempre reais.
O mundo vai desmoronando e eu estou abaixo dele.
Sinto que meus pés sangram com os espinhos cravejados na terra,
já não consigo mais sentir aquele mar de rosas.
Pergunto-me então, o que devo fazer.
A pergunta rodeia na minha mente, assim como rodeiam as mágoas.
Meu corpo tornou-se dolorido e doloroso, frio e quase sem vida.
Não me pergunto mais o por que disso tudo acontecer, apenas tento aceitar
o que o destino me propõe.
Sinto-me desolada e destruída, distante, sem nenhuma ligação com ser algum.
Oh dor descabida, por que não simplismente some e me deixa sair?
Que sentimento é este que me destrói e me atrasa?
O que está acontecendo na minha alma e no meu ser?
Eu ainda não sei...
0 comentários:
Postar um comentário